quarta-feira, fevereiro 17, 2010
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Comentário semanal de Joel Mariano
Transnordestina: Por que o Pajeu tem que ficar de fora?
Uma das obras mais importantes do PAC em Pernambuco e região é a construção da "ferrovia transnordestina", ligando o Porto de SUAPE ao sertão do estado indo até o Porto de Pecem no Ceará. A Ferrovia seguirá parte do traçado anterior da antiga rede ferroviária federal, que teve início ainda no governo de Dom Pedro II, sob o comando da empresa inglesa "Grat Western". Contudo, nós sertanejos do Pajeu que éramos contemplados com a antiga ferrovia passando em nossa região, mais especificamente por: Sertânia, Iguaracy, Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores e Calumbi, ficaremos de fora no novo traçado definido pela empresa responsável por executar o novo projeto. A nova linha ligará Serra Talhada diretamente à cidade de Arcoverde. É inegável o papel que a ferrovia desempenhou no desenvolvimento econômico e social do nosso estado, desde a sua implantação no final do século XIX, levando e trazendo os produtos que moviam a economia da região, além de ser o único meio de transporte que levava e trazia da capital, do mais ilustre ao mais humilde cidadão das cidades do agreste e do sertão. Infelizmente acompanhamos ainda na década de 80 do século passado o colapso do sistema ferroviário nacional em decorrência de uma concepção errada do governo de então que privilegiou o sistema rodoviário de transportes para atender aos interesses de multinacionais Norte Americanas, deixando de lado o sistema ferroviário nacional. É triste vermos nos dias atuais o abandono de toda uma infraestrutura que tanto serviu ao povo pernambucano se decompondo sob o sol e a chuva. Fato marcante são as antigas oficinas da rede ferroviária em Jaboatão e Werneck, totalmente em ruínas. A construção da transnordestina é uma tentativa do atual governo de recuperar o tempo perdido e atender às novas exigências de desenvolvimento econômico e social do nosso estado. Porém, existe uma falha grave neste processo que é a exclusão do Pajeu do novo projeto. Poderia apresentar vários argumentos que justifiquem a permanência do traçado original da ferrovia, todavia, me deterei ao mais importante no meu ponto de vista que é a demanda deste serviço para a região. Senão vejamos: Primeiro Sertânia, polo da caprinocultura em Pernambuco. Em seguida Afogados da Ingazeira, cidade polo e possuidora de um dos polos moveleiros mais importantes do país. A 20km encontra-se Tabira, a quarta maior cidade da região e com uma das maiores feiras de animais do nordeste. Ao leste encontramos São José do Egito, detentor de um dos polos mais avançados da avicultura em Pernambuco. Seguindo temos Carnaíba, Flores, a região de Triunfo - Polo turístico e produtor de rapadura - , e Calumbi. Se a verdadeira razão para a construção da ferrovia era desenvolver a região como um todo e não somente um ou outro município, estamos perdendo uma rara oportunidade de ajudar o Pajeu a se desenvolver.
Infelizmente ainda somos uma das regiões mais atrasadas do estado, por isso acredito que a sociedade e as lideranças políticas deveriam reagir. Neste viés poderíamos dialogar com as autoridades competentes para efetuar a retificação do projeto com a finalidade de incluir a nossa região, Pajeu, ao projeto atual.
Comentário semanal de Joel Mariano
Transnordestina: Por que o Pajeu tem que ficar de fora?
Uma das obras mais importantes do PAC em Pernambuco e região é a construção da "ferrovia transnordestina", ligando o Porto de SUAPE ao sertão do estado indo até o Porto de Pecem no Ceará. A Ferrovia seguirá parte do traçado anterior da antiga rede ferroviária federal, que teve início ainda no governo de Dom Pedro II, sob o comando da empresa inglesa "Grat Western". Contudo, nós sertanejos do Pajeu que éramos contemplados com a antiga ferrovia passando em nossa região, mais especificamente por: Sertânia, Iguaracy, Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Flores e Calumbi, ficaremos de fora no novo traçado definido pela empresa responsável por executar o novo projeto. A nova linha ligará Serra Talhada diretamente à cidade de Arcoverde. É inegável o papel que a ferrovia desempenhou no desenvolvimento econômico e social do nosso estado, desde a sua implantação no final do século XIX, levando e trazendo os produtos que moviam a economia da região, além de ser o único meio de transporte que levava e trazia da capital, do mais ilustre ao mais humilde cidadão das cidades do agreste e do sertão. Infelizmente acompanhamos ainda na década de 80 do século passado o colapso do sistema ferroviário nacional em decorrência de uma concepção errada do governo de então que privilegiou o sistema rodoviário de transportes para atender aos interesses de multinacionais Norte Americanas, deixando de lado o sistema ferroviário nacional. É triste vermos nos dias atuais o abandono de toda uma infraestrutura que tanto serviu ao povo pernambucano se decompondo sob o sol e a chuva. Fato marcante são as antigas oficinas da rede ferroviária em Jaboatão e Werneck, totalmente em ruínas. A construção da transnordestina é uma tentativa do atual governo de recuperar o tempo perdido e atender às novas exigências de desenvolvimento econômico e social do nosso estado. Porém, existe uma falha grave neste processo que é a exclusão do Pajeu do novo projeto. Poderia apresentar vários argumentos que justifiquem a permanência do traçado original da ferrovia, todavia, me deterei ao mais importante no meu ponto de vista que é a demanda deste serviço para a região. Senão vejamos: Primeiro Sertânia, polo da caprinocultura em Pernambuco. Em seguida Afogados da Ingazeira, cidade polo e possuidora de um dos polos moveleiros mais importantes do país. A 20km encontra-se Tabira, a quarta maior cidade da região e com uma das maiores feiras de animais do nordeste. Ao leste encontramos São José do Egito, detentor de um dos polos mais avançados da avicultura em Pernambuco. Seguindo temos Carnaíba, Flores, a região de Triunfo - Polo turístico e produtor de rapadura - , e Calumbi. Se a verdadeira razão para a construção da ferrovia era desenvolver a região como um todo e não somente um ou outro município, estamos perdendo uma rara oportunidade de ajudar o Pajeu a se desenvolver.
Infelizmente ainda somos uma das regiões mais atrasadas do estado, por isso acredito que a sociedade e as lideranças políticas deveriam reagir. Neste viés poderíamos dialogar com as autoridades competentes para efetuar a retificação do projeto com a finalidade de incluir a nossa região, Pajeu, ao projeto atual.
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